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sábado, 22 de março de 2008

Abarcar o mundo inteiro



Noite alta. Vou e volto. Faz calor. Suo. Vou à janela. Lá fora, lua alta. Gente. Barulho de carro. Tosse no quarto. Ranger de móveis. Música alta. Sussurros. Ruído de pensamento. Janela fechada, boca aberta. Olho pra fora. Ranjo os dentes. Nada em mim, tudo tão desigual. Trabalho inacabado. Falta de inspiração. Chiado lento. Resolvo voltar a trabalhar. Meu ofício: sonhar. Fecho os olhos. Encontro o lugar. Certo lugar. Nada mais que uma rede, um abacateiro e um abacate inteiro.

quarta-feira, 12 de março de 2008


Estou com muitos guardados. Busco desesperadamente os achados.

terça-feira, 4 de março de 2008

Fazendo as pazes com Poliana


Onde andará Poliana em mim? Como a vejo hoje? SOS procura-se...
Para que eu possa ser clara, estou referindo-me a uma personagem de um livro intitulado Poliana. Procuro a menina, não a moça; porque havia dois livros. O que li era o primeiro.
Esta personagem, em meio a inúmeras dificuldades vividas sempre queria jogar o jogo do contente. Este jogo lhe possibilitava suportar o “perigoso do viver”. Tal como Poliana, eu aos 14 anos, também jogava o jogo do contente. Como toda adolescente, enfrentava a dificuldade de crescer e por isso, me sentia triste muitas vezes. Porém, não queria que o triste habitasse em mim e diariamente escrevia sobre o jogo. Não o jogava com as pessoas, mas intimamente sim. Como um vício, permaneci com o jogo por muito tempo. Não percebia que o brincar de contente me fazia construir uma nova realidade diferente da que vivia e só me dei conta disso, quando estava na Faculdade. Daí, comecei a tomar birra de todas as pessoas que me pareciam polianescas. Ver a vida cor-de-rosa quando na verdade ela se aparentava cinza? Tornei-me excessivamente crítica e por muitas vezes, mais próxima do fel que do mel.
Hoje, depois de assistir mais de uma vez o filme “Quem somos nós?” e pensar sobre as idéias divulgadas nele, entro em contato com o meu antigo jeito Poliana de ser. Tenho uma leitura diferente daquela de jogar o Jogo do Contente, porém percebo que o jogo não é mais que pensar positivamente. Devemos enfatizar não o negativo, mas sim valorizar o que podemos transformar da melhor forma possível.
Por isso, busco um diálogo com a Poliana em mim. E nesta procura descubro que uma das minhas aversões às pessoas polianescas não é pelo fato de jogar o jogo do contente hipocritamente, mas porque elas se parecem as bonecas GUI-GUI e estas sim, são insuportáveis!