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terça-feira, 4 de março de 2008

Fazendo as pazes com Poliana


Onde andará Poliana em mim? Como a vejo hoje? SOS procura-se...
Para que eu possa ser clara, estou referindo-me a uma personagem de um livro intitulado Poliana. Procuro a menina, não a moça; porque havia dois livros. O que li era o primeiro.
Esta personagem, em meio a inúmeras dificuldades vividas sempre queria jogar o jogo do contente. Este jogo lhe possibilitava suportar o “perigoso do viver”. Tal como Poliana, eu aos 14 anos, também jogava o jogo do contente. Como toda adolescente, enfrentava a dificuldade de crescer e por isso, me sentia triste muitas vezes. Porém, não queria que o triste habitasse em mim e diariamente escrevia sobre o jogo. Não o jogava com as pessoas, mas intimamente sim. Como um vício, permaneci com o jogo por muito tempo. Não percebia que o brincar de contente me fazia construir uma nova realidade diferente da que vivia e só me dei conta disso, quando estava na Faculdade. Daí, comecei a tomar birra de todas as pessoas que me pareciam polianescas. Ver a vida cor-de-rosa quando na verdade ela se aparentava cinza? Tornei-me excessivamente crítica e por muitas vezes, mais próxima do fel que do mel.
Hoje, depois de assistir mais de uma vez o filme “Quem somos nós?” e pensar sobre as idéias divulgadas nele, entro em contato com o meu antigo jeito Poliana de ser. Tenho uma leitura diferente daquela de jogar o Jogo do Contente, porém percebo que o jogo não é mais que pensar positivamente. Devemos enfatizar não o negativo, mas sim valorizar o que podemos transformar da melhor forma possível.
Por isso, busco um diálogo com a Poliana em mim. E nesta procura descubro que uma das minhas aversões às pessoas polianescas não é pelo fato de jogar o jogo do contente hipocritamente, mas porque elas se parecem as bonecas GUI-GUI e estas sim, são insuportáveis!

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